Depois da meia noite,
No delírio do teu vício,
Gritarão meus olhos
Pela tua inocência
Desfaz a solidão
Tua companhia,
No exílio do teu corpo,
Disfarçado de noite o dia.
Os sons involuntários
Desenham um quadro de ironia.
Tua voz afasta
Toda a minha sanidade.
Me leva ao pódio do meu transtorno
A tua doce sinfonia,
Desabafando em segredo
Um sentimento tão bonito.
Paradoxos de sentimentos
A todo momento.
Não lamento a loucura,
Vanglorio meus desejos.
Cairá sobre teu mundo
A desgraça da ingratidão,
E assim verás
O que é perder a razão.
Noite fria, sem abrigo.
Vazio, o coração.
Ela chora lendo o bilhete
De adeus.
(NOGUEIRA, André; ARIELLY, Liz; ANDRADE, Diego)